Antes de você começar a ler este artigo, eu gostaria de te pedir um pequeno favor: Por alguns segundos, dê uma olhada à sua volta. O que você vê? Eu aposto que tem ao menos uma mulher. Ao menos uma. Trabalhando ao seu lado no escritório, passando por você na calçada, a próxima da fila para comprar um cafezinho, sentada perto de você numa reunião. Talvez até você seja esta mulher.
De acordo com o banco mundial, 49.6 % da população mundial é feminina.
Sim, você leu isso corretamente: metade da população mundial é feminina. Significando que uma boa quantidade de mulheres, dia e noite estão participando e contribuindo para a sociedade. Hoje, no dia internacional da mulher, é um dia em que homenageamos todas elas ao redor do mundo, embora legitimamente mereçam reconhecimento e respeito todos os dias do ano.
Na Netquest, nós estamos constantemente coletando pensamentos, opiniões e comportamentos de mulheres no mundo inteiro, pois a contribuição delas na indústria de pesquisa de mercado importa. Suas contribuições importam nas pesquisas, nos negócios, e na sociedade em geral. Hoje é um dia em que queremos deixar isso mais em evidência.
No dia internacional das mulheres, estamos compartilhando 5 fatos importantes extraídos dos nossos dados de perfilamento do painel, assim como de alguns projetos realizados com agências colaboradoras durante o último ano.
1. Muitas mulheres estão trabalhando profissionalmente. Porém, não são muitas que estão em cargos gerenciais ou acima.
Mais de 50% das nossas painelistas femininas são mulheres trabalhadoras. Quando falamos trabalhadoras, queremos dizer que trabalham fora de casa, em um ambiente profissional (sem citar o o fato de que provavelmente todas elas trabalham, e muito, em casa).
É claro que essa porcentagem muda dependendo do país. De acordo com dados de nosso painel, o México ocupa o primeiro lugar com 69% de mulheres trabalhadoras, seguidas pela Espanha, onde 68% das entrevistadas trabalham fora de casa (um incrível 8% a mais do que o ano anterior). O Brasil tem 58% de mulheres ativas trabalhando.
E, embora seja verdade que o número está crescendo, é questionável se a proporção de homens-mulheres em cargos gerenciais é igualmente esperançosa. Bem, até hoje, a maioria dos CEOs e executivos que encontramos são homens. Segundo o relatório Um passo decisivo para a igualdade de gênero, publicado pela Organização Internacional do Trabalho, "As mulheres também estão sub-representadas nas posições gerenciais e de liderança. Em todo o mundo, apenas 27,1% das pessoas que ocupam posições gerenciais e de liderança são mulheres, um número que pouco mudou nos últimos vinte e sete anos. "
As mulheres estão diminuindo essa diferença? Bom, pelo que parece ainda tem espaço para melhorar!
2. Muitas mulheres contribuem com as receitas da casa
Então, por que que as mulheres escolhem trabalhar? Embora possa haver muitas razões pelas quais uma pessoa escolhe trabalhar (como auto-estima ou desenvolvimento pessoal), uma das razões mais comuns é para se sustentar.
Em 2018, 52% das nossas mulheres painelistas afirmaram contribuir com seu trabalho para a receita total da casa.
3. Mulheres além dos estereótipos. Nossas painelistas são atletas.
As mulheres são vistas estereotipicamente como cuidadoras. Ainda que seja verdade em alguns casos, as mulheres estão mostrando ter muitos outros interesses além do que é estereotipado.
Por exemplo, é cada vez maior a quantidade de atletas mulheres na Netquest Panels.
Em 2018, cerca de 60% das mulheres relataram se exercitar regularmente em países como Brasil, Espanha, México, Portugal, Colômbia, Peru, Itália, França e Alemanha. Porém, estranhamente esta porcentagem cai para cerca de metade no Reino Unido e nos Estados Unidos, onde apenas cerca de 30% de nossas mulheres no painel praticam algum tipo de esporte.
Elas não só estão cada vez mais atléticas, gostam de assistir esportes também. Você se lembra do Super Bowl? Nossos Dados Comportamentais mostram que 47% das pessoas que assistiram o Super Bowl em 2018 eram mulheres e que 69% dessas mulheres disseram assistir o NFL o tempo todo ou quase o tempo todo. Esportes não é mais um negócio só para homens!
As marcas já estão percebendo essa mudança de tendência, algumas delas criando campanhas especialmente projetadas para as consumidoras, como é o caso da Nike, que acaba de lançar a campanha "Dream Crazier", narrada pela atleta de elite Serena Williams. No spot publicitário, destacam o valor de todas as mulheres que quebraram barreiras no mundo dos esportes, inspirando gerações de mulheres a seguirem seus passos.
Uma peça audiovisual inspiradora que você pode apreciar aqui.
4. As mulheres dirigem seus carros e dirigem suas vidas
A pouco tempo, uma psicóloga amiga minha disse que o ato de dirigir um carro pode ser interpretado como uma das muitas habilidades que mostram que uma pessoa está capacitada para conduzir a própria vida. Naquele dia, eu decidi que tinha que tirar minha carteira de motorista de uma vez por todas. (Quem não gostaria de conduzir a própria vida?). Mas nem todas as mulheres são sortudas como eu. Apenas no ano passado é que as mulheres sauditas começaram a lutar pelo direito de dirigir. Em todo o mundo, mulheres estão escolhendo e até lutando para poderem dirigir. Deveríamos interpretar isso, como minha amiga disse, como uma metáfora pela necessidade de conduzir as nossas próprias vidas como mulheres.
Mas o que acontece se olharmos dentro do nosso painel? Os dados são interessantes: as mulheres não estão apenas dirigindo, mas uma grande porcentagem possui seu próprio carro (62% em Portugal e 60% na Espanha). Adicionalmente, muitas estão planejando comprar um carro nos próximos meses (mais de 45% no México e 43% no Brasil). O que é mais animador é que muitas mulheres assumem a responsabilidade de garantir que seus veículos recebam suporte e manutenção necessários (45,5% nos Estados Unidos em 2018), tarefas tradicionalmente atribuídas a parceiros do sexo oposto.
5. Um futuro feminino nascido da consciência social.
Não negamos: ainda há muito a fazer e a sociedade sabe disso. De fato, em um estudo sobre a percepção dos espanhóis sobre seu próprio país, realizado pela AEDEMO (Associação Espanhola de Estudos de Mercado, Marketing e Opinião) em colaboração com a agência Cocktail Analysis com base nos dados do painel Netquest, mostrou que a rejeição social em relação à desigualdade de gênero é evidente, especialmente entre as mulheres pesquisadas: 90% das mulheres espanholas consideram que na Espanha não há igualdade de gênero em comparação com 65% dos espanhóis.
Essa preocupação é acentuada entre as mulheres jovens. Em uma investigação realizada pela agência de comunicação Aportadas, a partir de dados do painel Netquest na Espanha para mulheres de diferentes gerações, os resultados mostraram que as mulheres da Geração Z (entre 18 e 23 anos) são mais feministas que suas predecessoras geracionais. Quando foram questionadas pelas causas sociais que elas apoiam, 52% das mulheres Z pesquisadas mencionaram a igualdade de gênero e os direitos das mulheres em primeiro lugar.
A famosa autora literária Virginia Woolf escreveu uma vez: “Por toda a História, Anônimo foi uma mulher”. Está na hora de as mulheres não serem mais anônimas, mas sim ressaltadas, respeitadas e reconhecidas.
Nosso objetivo na Netquest é dar a todas as pessoas, independentemente do seu gênero ou orientação sexual, a oportunidade de expressar suas opiniões de maneira autêntica e genuína. Com esta informação, nós fornecemos dados representativos de alta qualidade vindos de pessoas reais de nossa sociedade.
Queremos continuar pesquisando, compreendendo, ouvindo e valorizando todas as mulheres que fazem parte do painel da Netquest, e por este motivo nós as encorajamos a compartilhar suas opiniões genuínas conosco todos os dias.
Obrigado a todas por tornar isso possível.
Você quer realizar uma pesquisa com dados de nossos painéis no mundo? Baixe nosso panel book.
