A coleta de dados é fundamental em qualquer pesquisa de mercado. É a fase que tem início após termos definido os objetivos da pesquisa, sendo concluída com a obtenção dos dados a serem analisados.
Alguma vez você já se questionou se estão corretas as práticas adotadas quando faz a coleta de dados na Internet? Existem diferenças entre as coletas offline e online? Neste post, nós o ajudaremos a encontrar a resposta.
Estes são os 7 passos a serem seguidos para fazer coleta de dados online de forma eficiente:
1. Selecione a fonte de dados adequada
Reflita por um instante sobre como você pode conseguir participantes para a sua pesquisa online. Pela Internet, não é possível abordar pessoas pela rua para uma entrevista pessoal, pois isso não é tão simples.
A maior parte dos participantes é obtida através de painéis de acesso online (popularmente conhecidos como painéis online). Trata-se de comunidades de pessoas dispostas a participar de pesquisas via Internet em troca de incentivos.
Outras fontes de participantes menos populares são o river sampling, os painéis probabilísticos online e as bases de dados proprietárias.
2. Use um método de amostragem afinado com a sua fonte de dados
Existem muitas técnicas de amostragem, englobadas dentro de duas grandes categorias: a amostragem probabilística e a não probabilística. Falamos de amostragem probabilística se todos os indivíduos da minha população dispuserem de opções para fazer parte da minha amostra.
No entanto, na prática, 99% das pesquisas online empregam a amostragem não probabilística, devido às restrições de representatividade impostas pelo uso da Internet. Concretamente, a amostragem por quotas é a técnica mais comum. Ela consiste em segmentar a população em grupos, de acordo com algumas variáveis sociodemográficas (sexo, idade...), e em fixar alguns limites de resposta (quotas) para cada grupo. Desta forma, garantimos que a amostra tenha proporções iguais à população em relação a essas variáveis.
3. Selecione bem as suas quotas pensando na Internet
Se você empregar amostragem por quotas, considere algumas particularidades desta técnica quando aplicada à Internet:
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Não existe razão para as variáveis usadas para fixar quotas serem iguais nas modalidades online e offline.
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Defina quotas em relação a variáveis que sejam relevantes para o seu estudo, passíveis de apresentarem maior diferença entre a população geral e a população usuária de Internet.
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Quotas habituais na Internet: sexo, idade e classe social. A região geográfica não é tão importante.
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Use as quotas necessárias mínimas, caso contrário, a coleta será desnecessariamente encarecida.
4. Estabeleça um período de campo adequado
Sim, a coleta de dados online é muito rápida, muito mais rápida que a coleta pessoal ou telefônica. É possível fazer o trabalho de campo em apenas algumas horas. Entretanto, se o período em que seja possível participar da sua amostra for muito reduzido, você poderá alterar os resultados da sua pesquisa.
Se a sua coleta de dados for limitada a apenas 3 horas, você poderá perder até 78% dos potenciais participantes que a acessariam caso você a deixasse por uma semana. E, o que é ainda pior, poderá haver distorção nos resultados ao serem obtidas informações restritas aos heavy users da Internet.
5. Adapte o seu questionário à Internet
Se você estiver realizando uma pesquisa, siga os princípios básicos de todo bom questionário: seja conciso, evite perguntas dúbias, ofereça sempre todas as alternativas de resposta possíveis... Mas pense nos fatores a serem levados em conta quando a sua pesquisa for respondida em um dispositivo conectado à Internet. Por exemplo:
- Use uma página para cada pergunta, ao invés de um interminável scroll.
- Modere a duração do questionário.
- Garanta que o seu questionário possa ser bem visualizado em dispositivos móveis.
- Evite as baterias de perguntas ou matrizes.
6. Pense na privacidade dos dados que for solicitar
A Internet é um bom meio para perguntar sobre dados sensíveis: por não existir um entrevistador, o participante se sente menos intimidado quando precisa falar de assuntos sensíveis, tais como política, saúde, sexo ou religião. Entretanto, os participantes podem estar preocupados com a privacidade dos seus dados. Você terá que garantir a segurança destes últimos e expor a sua política de privacidade de forma transparente.
7. Pense na visualização online dos dados
O reporting não faz parte da coleta de dados, é claro. Mas, na Internet, as fronteiras se tornam difusas. Os clientes querem ver dados em tempo real e pedem certa capacidade de análise autônoma. Para tanto, existem diferentes tecnologias de reporting e de visualização que podem ajudá-lo a realizar este trabalho, tais como o Dapresy, Tableu ou Qlik.
Se você quiser obter mais informações sobre como tornar sua coleta de dados online mais eficiente, recomendamos que realize o download gratuito do ebook “Fundamentos da Coleta de Dados Online”.