Já no 2018, os brasileiros passaram mais de três horas por dia usando o celular. Essa média colocou o país em 5º lugar o ranking global de tempo dispendido com esse aparelho.
Com isso em mente, você pode imaginar como tudo está rapidamente mudando na indústria de pesquisa de mercado: O modo como os usuários gastam o seu tempo, se divertem, fazem compras e interagem com o mundo está mudando todos os dias. Ao passo que, a quantidade de dados disponíveis sobre os usuários continua crescendo a cada segundo.
Como um pesquisador, você precisa achar diferentes caminhos para conseguir as mais significantes informações sobre os consumidores de hoje. A boa notícia é que agora você pode acessar uma grande variedade de tecnologias e fontes de dados que, quando devidamente combinados, pode fornecer a você com uma valiosa e integrativa visão dos consumidores atuais.
Vamos ver alguns dos principais benefícios de integrar diferentes fontes de dados em seus projetos de pesquisa de mercado.
1. Melhorar a experiência do participante
As tecnologias em evolução tem dado lugar a novos métodos de coleta de dados que, quando combinados adequadamente, podem fornecer informações complementares (e mais precisas) sobre os entrevistados. Ao invés de pedir às pessoas para descreverem o que elas normalmente têm na geladeira, agora você pode pedir que elas simplesmente tirem uma foto e façam o upload! Esse novo método é mais fácil de ser concluído e pode até aumentar o engajamento, já que não é tradicional (no bom sentido). O mesmo método pode ser aplicado para descobrir o que seus participantes compram no supermercado ou colocar em seu tanque de gasolina. As possibilidades são infinitas!
Não se esqueça: você está pagando pelo tempo dos participantes da pesquisa (com prêmios, pontos ou até dinheiro dependendo do caso). Então, é melhor usar a técnica mais apropriada para aproveitar ao máximo seu investimento e evitar desperdiçar o tempo dos entrevistados.
2. Melhore a qualidade dos dados
Aceite: a memória não é infalível. Quanto mais precisos forem os dados que você procura, menos poderá confiar na lembrança do respondente. Tente você mesmo: pare de ler agora mesmo, feche os olhos e pense nos 10 websites que você visitou na semana passada. (Por favor, não trapaceie. Evite os aplicativos do Google ou suas contas de mídia social!). Agora, vá ao seu histórico de navegação e verifique suas respostas corretas. Temos certeza que você ficará surpreso!
Se você ainda tem suas dúvidas, então pode dar uma olhada no trabalho apresentado na ESOMAR (C) 2015, “Quando devemos perguntar, quando devemos medir”. Em média, as pessoas visitam mais de 100 sites diferentes por dia, além de abrir seus aplicativos preferidos mais de 200 vezes por dia. Conhecendo esses números, é impossível esperar que os respondentes se lembrem com precisão de cada website que freqüentam e quantas vezes acessam seus aplicativos. A pesquisa descobriu que as pessoas lutam para lembrar os últimos cinco sites visitados, sem falar nas centenas que têm visitados nos meses anteriores.
Mas não entre em pânico. Os dados comportamentais podem preencher essa lacuna ao rastrear automaticamente a atividade on-line das pessoas. Se você quiser saber mais sobre suas possibilidades, este eBook oferece uma abordagem profunda para todos os novos tipos de dados e quando você deverá usar cada um deles.
3. Detectar a primeira escolha
Acabamos de dizer que agora, você pode evitar o viés de memória combinando diferentes fontes de dados. Mas, e se o viés de memória for exatamente a informação que você está procurando? Perguntar aos entrevistados os sites que eles visitaram na Internet na semana passada ou os anúncios que viram on-line e, em seguida, comparar suas respostas ao histórico real de navegação é uma boa técnica para analisar quais marcas / sites estão recentes na memória.
4. Entenda porque as pessoas agem da maneira que agem
Como já mencionamos, a memória é seletiva e, ao longo da história, os pesquisadores utilizaram principalmente dados que os entrevistados declararam de forma estimulada. Com esta nova opção de dados observacionais cria-se a possibilidade de extrair todas as informações que os consumidores tenham reportado erroneamente e ajudar a determinar o motivo. Além disso, ter os dados reais pode permitir que o pesquisador guie os entrevistados por meio de suas respostas, a fim de obter uma espécie de equilíbrio entre a memória e a realidade.
Dados comportamentais mostram o que aconteceu; os dados declarados mostram o por que aconteceu.
5. Permite que você veja o cenário completo
Hoje, coletar informações on e off-line, assim como outras fontes de dados, é uma opção real. A jornada do consumidor tradicionalmente linear, off-line e gerenciável, se transformou em um processo de várias frentes e incontrolável que pode ocorrer tanto on-line, quanto off-line. Novos fatores (como redes sociais, influenciadores digitais ou fóruns de opinião) se tornaram em fatores poderosos no impacto do processo de tomada de decisão.
Você só vai chegar mais perto de entender toda a experiência do consumidor, se coletar dados de diferentes fontes, assim como montar um grande quebra-cabeça. Agora, mais do que nunca, precisamos ter uma visão holística do novo consumidor, com novos hábitos de compra, novos valores e ficando cada dia mais complexo.
O setor de pesquisa on-line tem a posição privilegiada de liderar o caminho na utilização dessas novas e aprimoradas metodologias de coleta de dados, que são possíveis graças à Internet e Big Data. É hora de começarmos a aceitar essas novas métodos e combiná-los com os tradicionais para aprimorar a nós mesmos como pesquisadores...
Também é hora de convencer os participantes a ajudar a gerar novos tipos de dados. Caso contrário, não poderemos capturar, processar e combinar uma grande quantidade de dados que são relevantes.
A pergunta que você pode estar se fazendo é: há alguma razão pela qual eu não deveria estar aproveitando essa combinação de dados? Como vemos, agora não tem mais desculpas ;)