No início de cada ano, as principais mídias relacionadas à moda enfocam suas publicações em comentar as tendências das próximas estações e, desta vez, decidimos fazer o mesmo com a pesquisa de mercados. Por exemplo, sabemos que esta Primavera/Verão veremos bermudas mais curtas, mini shorts e o jeans vintage . Do mesmo modo, o setor da pesquisa de mercados também mostrou já no final do ano passado quais serão as tendências do ano "vinte e vinte".
Conheça neste post algumas das principais linhas, que mencionaremos por considerar que marcarão a agenda desta indústria ao longo do ano.
1. Um clássico atemporal: A ética no uso dos dados
Com o passar do tempo, os sneakers ou tênis para praticar esportes viraram um aliado essencial do jeans; pois bem, neste mesmo sentido, a ética virou um complemento must-have quando nos referimos ao processamento de dados.
Faz um certo tempo que está em jogo a enorme responsabilidade sobre nossos ombros quando lidamos com dados, já que eles pertencem a pessoas reais. Desde que foi nomeado presidente da ESOMAR em 2018, Joaquim Bretcha refletiu sobre este assunto e disse "(o objetivo é) regular com uma ética muito clara, porque as informações pessoais são sagradas".
No momento, com o avanço exponencial da tecnologia, somado às nossas capacidades de coleta e interpretação de dados sempre crescentes, será mais que necessário ter o componente de processamento ético como acessório essencial.
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2. Avant-garde: Automação
E entrando no assunto da evolução em tecnologia, é oportuno citar a automação como uma forte tendência para este 2020. Pensemos um instante no boom dos sneakers que vimos em 2018, com uma variedade imensa de modelos disponíveis (tanto em cores quanto em formas): era questão de tempo que alguém tornasse os chunky sneakers populares.
E também com a automação era de se esperar que este ano se falasse de chatbots e de novos celulares. Ray Poynter, membro do Conselho da ESOMAR e fundador de #NewMR, afirma que a principal tendência para 2020 será aplicar inovações recentes, em particular o uso de Automação e, em menor grau, de Inteligência Artificial (AI) para fornecer pesquisas mais rápidas, mais baratas e melhores.
3. Para os mais chegados: Dados Comportamentais
É bem sabido que detrás, ou neste caso talvez debaixo, de qualquer grande outfit, existem uma ou várias roupas de lingerie que modelam o look e que fazem com que o resultado seja diferente do que seria se esta roupa íntima tivesse sido outra. Tomei a liberdade de fazer esta analogia pois acredito que serve para justificar por que veremos os dados de comportamento nas passarelas do MR como protagonistas.
A pesquisa de mercados e as tecnologias a ela associadas abrem muitas frentes novas para os analistas, o que significa que podemos medir o comportamento online com mais precisão. Atualmente, podemos fazer menos perguntas e, no entanto, pesquisar os consumidores em maior profundidade.
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4. Haute Couture com sua nova proposta: Big Data
Veremos nas passarelas mais requintadas de Haute Couture que a próxima tendência será marcada indiscutivelmente pelo Big Data.
O Big Data irá oferecer muitas oportunidades para os programas de inteligência de mercado, mas sem uma equipe especializada e orientada à tecnologia para analisar os resultados, os benefícios dificilmente poderão se materializar. Por sua parte, a Haute Couture, ou Alta-costura, é a confecção de peças de roupa sob medida e exclusiva para o cliente.
Poderíamos dizer que existe uma equivalência entre o trabalho artesanal que requer a confecção de uma peça de Alta-costura e o enorme trabalho que requer lidar com o Big Data. Devido ao seu processamento inovador, é impossível lidar com estes dados manualmente, sendo necessário utilizar softwares muito sofisticados para grandes volumes de dados; pensemos nos data scientists como aquelas pessoas que bordam lantejoula a lantejoula em um vestido de festa.
5. Sobre as passarelas: Visualização de Dados
Por último, e não por isso menos importante, fica a pergunta: De que serviria todo esse trabalho realizado em cada peça de Alta-costura street wear se as passarelas não existissem? São as passarelas as que expõem a criatividade e o esforço que resultaram em uma coleção.
Desta mesma forma, poderíamos nos perguntar: Para que coletar dados? O que fazer com eles uma vez obtidos? Os dados, independentemente do seu volume, necessitam ser fornecidos de tal maneira que os clientes possam entendê-los e manejá-los, isto é, que possam, literalmente, usá-los.
Os dados não são coletados sem que tenham um objetivo claro, precisamos de dados que contenham informação e agreguem valor. Para os profissionais de inteligência, isto requer uma compreensão adequada dos sistemas informáticos cognitivos. Porém, com a crescente coleta de dados através de computadores, as boas habilidades de análise ao processar e visualizar estas informações serão cada vez mais essenciais.
Assim é como terminaremos esta breve lista de tendências para 2020. Sabemos que há outros aspectos por abordar e que novos serão desvendados ao longo do ano; no entanto, tínhamos vontade de falar um pouco sobre o que consideramos que será mais relevante. E por falar em relevante, sugerimos que você baixe gratuitamente este e-book sobre dados comportamentais. Clique na imagem e saiba como implementar este tipo de dados na sua pesquisa: